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Neve em Santiago: Valle Nevado, Farellones e El Colorado

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Neste post, vou contar um pouquinho sobre uma das experiências mais legais que tivemos em Santiago: ver a neve! Para comemorar meu aniversário, eu queria fazer algo totalmente diferente do que já tinha feito na vida….então, escolhi ir para a neve neste dia, já que eu nunca tinha visto na vida (afinal, aquela neve que caiu em Curitiba não conta). Hoje conto um pouco sobre esta experiência e dou algumas dicas:

Como ir?

Nós optamos por ir de excursão neste passeio. Há também a opção de alugar um carro para ir – no entanto, eu não recomendaria (e a maioria dos blogs que eu li antes de viajar também não recomendavam). A estrada é super perigosa, cheia de curvas (se não me falha a memória, são 70 e poucas curvas) e, com o gelo, fica super escorregadia – a partir de um certo trecho, a van que nos levou teve que colocar correntes nas rodas, por segurança. Fizemos o passeio com a agência Ski Total, que nos foi recomendada por uma amiga e também pelo hotel em que ficamos. Acabamos pegando o pacote que eles nos buscam e nos deixam no hotel. Mas também há a opção de ir até a agência dele de metrô/táxi e comprar o passeio lá, que sai mais barato.

Pacote

Antes de ir viajar, eu tinha lido na internet que, para quem queria brincar na neve, o ideal era escolher um dos centros de ski e passar o dia lá. Tanto que estávamos determinados a passar o dia em El Colorado, porque vimos que lá tinha brincadeiras além do ski, como tubing, etc. Quando chegamos na agência Ski Total, no entanto, o rapaz que nos atendeu perguntou se íamos esquiar. Dissemos que não e ele sugeriu que a gente fizesse um passeio que passava pelos três centro de ski – segundo ele, se ficássemos só em um, uma hora íamos acabar enjoando de ficar lá, já que não teria muita coisa pra fazer. Claro que o cara queria vender o pacote mais caro, mas achamos que fazia sentido (e, de fato, acho que fazia mesmo). O valor ficou de 27 mil pesos chilenos por pessoa. Detalhe importante: eles têm uma cotação muito ruim pro dólar, então não vale a pena pagar em dólar.

O que levar?

Tem algumas coisas que são super importantes de levar nesta viagem. Considere o seguinte – você vai numa estrada cheia de curvas e o ponto máximo chega a 3.000 m de altura, ou seja, são condições um pouco atípicas, especialmente para quem mora no Brasil. Portanto, vou relembrar algumas dicas que o nosso guia deu e algumas são minhas mesmo:

- Água. É importante manter-se hidratado durante toda a viagem;

- Ter um chicletes pode ser bom (foi inclusive uma dica do guia). Eu enjoo muito fácil na estrada e também tenho sinto muita dor de sinusite quando há mudanças bruscas de altitude, como no avião, por exemplo. E, por incrível que pareça, neste dia não senti nenhum dos dois. Não sei se foi o chicletes ou o fato de eu ter me preparado psicologicamente para a viagem, mas fiquei super bem.

- Protetor solar. Gente, a neve reflete muito – mesmo que o sol não esteja forte. Eu passei protetor e, ainda assim, no final do dia, eu voltei com uma parte do rosto um pouco vermelhinha (fiquei um pouco em dúvida se era da rosácea ou se havia me queimado – e eu não me queimo tão fácil assim no sol).

- Roupas adequadas para a neve. Se você não tiver nenhuma roupa do estilo, não tem problema – eles têm para alugar lá. Eu consegui pegar algumas coisas emprestadas com uma amiga minha que morou na Suíça e fazia caminhadas na neve. É super importante ter uma roupa impermeável – porque a neve molha, se você deixá-la na roupa -, gorro, luvas (se forem impermeáveis, melhor) e botas (lembre que você acaba afundando na neve, então é preciso ser uma bota impermeável) e algo para proteger o pescoço (eu usei um neck fleece). Por debaixo do casaco, usei uma segunda pele e um casaco bem quentinho também de fleece.

Ah, uma dica bacana – se você mora em um lugar frio como Curitiba ou pretende voltar mais vezes para lugares com neve, talvez valha a pena comprar roupas. Antes de viajar, eu dei uma pesquisada no preço de algumas roupas de frio e estavam com um valor bem ok (fui na Decathlon).

Como foi o passeio?

Antes de começar a subir a cordilheira, fizemos uma parada em uma lojinha para alugar os ski-bundas e quem quisesse poderia alugar roupas, etc. Depois, fomos subindo a montanha. Apesar das curvas, a paisagem é realmente muito bonita. Em determinado ponto, a van parou e pudemos tirar algumas fotos. Neste trecho, não tinha neve, mas já dava para ver as montanhas nevadas lindas ao fundo.

viagem-santiago-chile-vestida-de-branco-277 viagem-santiago-chile-vestida-de-branco-278 viagem-santiago-chile-vestida-de-branco-281Depois, mais um pouco de subida, e finalmente começa a nevar. A van parou para colocar corrente nas rodas e todos nós pudemos descer e ver a neve de pertinho. Lindo!

viagem-santiago-chile-vestida-de-branco-284 viagem-santiago-chile-vestida-de-branco-286A primeira parada foi no Valle Nevado, um resort de ski e snowboard. Junto à pista, há um hotel bem lindo e um restaurante. O local é muito lindo! Pelo que andei lendo na internet, este centro de ski é mais recomendado para quem sabe esquiar MESMO. Ele não oferece outras atividades da neve como tubing, etc. Eles têm um hotel super lindo lá, mas também não é muito barato.

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Depois de ficar uns 40 minutos no Valle Nevado, fomos para Farellones, que foi onde almoçamos. No caminho, paramos no meio da estrada para fazer skibunda. Infelizmente, não tenho fotos deste momento, porque estávamos carregando as pranchas do skibunda, mas é divertido (apesar de eu ter ficado com medo de descer, em um primeiro momento). Para quem nunca brincou na neve, digo que vale a pena. Em  Farellones, o guia nos levou para almoçar num daqueles restaurantes bem pega-turista – os preços eram super altos e a comida bem meia-boca. Aliás, se você puder, nesta viagem, leve um lanche pronto, assim não precisa gastar horrores. Para vocês terem uma noção – comi duas empanadas que custaram 4200 pesos chilenos (algo em torno de R$ 25) e meu marido pediu um hamburguer com batata-frita que saiu em torno de R$ 48. Na estação seguinte, em El Colorado, vimos que tinha uma lanchonete com algumas refeições mais em conta  – tinha um buffet e uma lanchonete, com preços um pouco melhores (mas não grandes coisas) e com um aspecto mais convidativo do que este restaurante em Farellones. Na realidade, o que ficou bem claro, pelo menos pra mim, é que com certeza o guia ganhava comissão em cima para levar a turistada naquele lugar. Mas, enfim, faz parte da viagem…Abaixo, algumas fotos que tiramos em Farellones.

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Por último, fomos visitar El Colorado. O centro de ski pareceu bem bacana. No site deles, eles dizem que possuem outras atividades além de ski e snowboard, mas não conseguimos ver do ponto em que estávamos. Segundo o guia, nesta estação, poderíamos aproveitar para andar de teleférico, mas que provavelmente iríamos congelar. E, de fato, preferimos não fazê-lo. Não ficamos muito tempo por lá porque já estávamos com bastante frio.

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Bom, foi assim que eu passei o dia do meu aniversário e amei! Saímos das montanhas por volta das 16h30 e chegamos no hotel umas 19h (além de todo o tempo do percurso, ficamos um certo tempo lá na loja do Ski Total aguardando a van que nos levaria para o hotel).

Alguém aí também curtiu a neve em Santiago? Que dicas daria?

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