Quem me acompanha nas redes sociais (snapchat e instagram: @vestidadebranco) sabe que na última semana viajei para Santiago, no Chile, em comemoração ao meu aniversário de 30 anos. Então hoje inicio uma série de posts sobre a viagem com várias dicas para quem quer ir viajar para lá – pode, inclusive, ser um ótimo destino para lua de mel! Então, para “começar do começo”, vou falar sobre os preparativos para a viagem. Uma dica bacana – antes de viajar, descobri um blog super legal de uma brasileira que mora lá e tinha muitas dicas boas: Pigmento F. Para quem estiver programando a viagem, super recomendo!
Compra da viagem
Compramos a viagem através do Decolar.com. Íamos comprar no Zarpo, entretanto, as taxas cobradas pela empresa eram maiores e desistimos. Compramos o pacote que incluía hotel e o voo. Uma coisa que eu achei legal da Decolar.com – antes da viagem, eles enviam pro seu e-mail um guia de viagens da cidade, que eu achei bem bacana.
Optamos por comprar pela internet por ser uma viagem mais próxima e curta. Ano passado, comprei minha viagem para a Suíça pelo Submarino Viagens e não recomendo – a Air France entrou em greve bem no período da minha volta pro Brasil e cancelaram minha passagem. Quando eu voltei (após ter comprado outra passagem, de outra companhia), eles me reembolsaram com R$ 180,00. Agora me digam: quando uma passagem de Paris ao Rio de Janeiro pode custar R$ 180???? Ainda este mês tenho uma audiência para tentar reaver todo o transtorno que me causaram na época – perdi um dia de viagem porque tive que fazer um deslocamento para Milão que não estava previsto, além de ter que reservar hotel, etc. Enfim…tudo isso é para dizer que acho melhor, em casos de viagens maiores, comprar com uma agência, porque há um apoio maior quando acontece este tipo de perrengue. Mas, desta vez, deu tudo certo e não tivemos nenhum problema!
Período da viagem
Nós saímos de São Paulo na segunda-feira, 03/08, às 7h20, e chegamos em Santiago por volta das 11h30. Na volta, saímos de Santiago às 00h00 do sábado, 08/08, e chegamos em Guarulhos às 3h30-4h. Com isso, conseguimos aproveitar a tarde de segunda-feira e o dia inteiro na sexta (só deixamos as malas no hotel no período em que já havíamos feito o check-out).
Companhia aérea – Sky Airline
Nunca havíamos ouvido falar da Sky Airline, mas era a que tinha os melhores horários e preços. Para quem não conhece, ela é a segunda maior companhia aérea do Chile. O atendimento da companhia era bom (como na maioria dos lugares do Chile, inclusive), mas uma coisa é muito complicada no voo: o espaço entre os assentos. O avião era apertadíssimo, o que era bem desconfortável. Na volta, demos sorte de não ter ninguém ao nosso lado (pelo menos eu consegui me esticar um pouco mais). Para vocês terem uma noção do aperto – na volta para Curitiba, quando entramos no avião da Gol, nos sentimos “folgados”.
E, apesar de ser um voo internacional, não tem nenhum tipo de entretenimento na aeronave (TV, áudio, filme, nada….). Ah, e já aviso de antemão: as turbulências são muito comuns na entrada e saída de Santiago. No nosso caso, pegamos bastante turbulência na volta…dá um medinho!!!!
Moeda
No Chile, a moeda utilizada é o peso chileno. No entanto, nós levamos uma parte em pesos chilenos e outra em dólares – e funcionou bem desta forma. No dia a dia, nos passeios, transportes e restaurantes, só usamos pesos chilenos. Até porque a cotação deles pro dólar nestes lugares é bem ruim. Trocamos um pouco de dólar por peso numa casa de câmbio Afex do Shopping Costanera Mall e a cotação estava ok – demos 300 dólares e recebemos 201.900 pesos chilenos. Considerando que pagamos R$ 3,49 pelo dólar, creio que saímos no lucro {US$ 300=R$ 1047,00 e $201.900 pesos=R$ 1211,40}. Os dólares acabamos usando mais no free shop mesmo.
Para fazer a conversão do Peso Chileno para o Real, basta multiplicar por seis. Exemplo: 10 mil pesos chilenos é, aproximadamente, R$ 60.
Uma coisa que tive a impressão, ao comprar as coisas por lá, é que o Real está extremamente desvalorizado…uma pena! 
Documentação
Para nós, brasileiros, o Chile é um país bem tranquilo com relação à documentação. Você pode até levar sua identidade como documento principal (desde que ela tenha sido feita a menos de dez anos) ou seu passaporte. Não há necessidade de visto e nem de vacina.
Idioma
Como todos sabem, o idioma por lá é o espanhol. Eu confesso que ando meio enferrujada no meu espanhol – faz bastante tempo que não estudo e não pratico o idioma. Em alguns momentos, senti dificuldade de entender o que eles falavam. E uma coisa curiosa: eles têm bastante dificuldade de entender o português. A não ser nas atrações turísticas, onde geralmente eles falam o portunhol, eles não entendem muito bem o português e alguns preferem até falar em inglês quando você tem uma dúvida de uma palavra. Em um restaurante que fomos, perguntei quais eram os sabores dos sucos. E o garçom me respondeu mango e frutilla. Eu não estava 100% certa, mas suspeitava que frutilla era morango e perguntei a ele. E ele não sabia me dizer e falou em inglês mesmo. Eu me lembrava de morango como fresa, mas depois, ao conferir no Dr. Google, vi que em alguns países da América do Sul chamam de frutilla e na Espanha é fresa. Enfim, toda esta história é para explicar para vocês que nem sempre eles entendem o português…(inclusive, há alguns anos atrás estive na Argentina e achei que eles entendem melhor o português que os chilenos).
Roupas e clima
Eu vi alguns vídeos e posts do blog Pimento F sobre o frio que faz em Santiago e me assustei um pouco. Mas, chegando lá, não passei tanto frio assim – confesso que em alguns momentos, por ter andado bastante pela cidade, acabei até passando calor. Talvez porque eu já esteja acostumada com o frio daqui de Curitiba (que ultimamente nem anda tão fria assim). O dia que passamos mais frio foi quando subimos a cordilheira para ver a neve – e aí sim estava bem frio (por volta de 0ºC).
O clima é bem seco por lá – mas nós demos azar de pegar uns dois dias de bastante chuva, o que foi um pouco incômodo na hora de andar pela cidade e realizar alguns passeios. Ah, importante: em Santiago não chega a nevar, apenas se você optar por subir as cordilheiras para ver a neve. Na época em que estávamos lá, nos momentos mais frios chegou a fazer 6/7ºC e nos mais quentes uns 22ºC, aproximadamente. Ou seja – uma amplitude térmica bem grande.
Com base na minha experiência ( o que não quer dizer que serve pra todo mundo e pra todas as estações – apenas se eu voltasse lá, nas mesmas condições), eu levaria os seguintes itens na mala:
- Dois casacos. Se possível, um deles deve ser impermeável – ajuda muito na neve e em dia de chuva. Eu levei três e um deles acabei nem usando;
- Uma bota com salto baixo ou sem salto – é importante que seja confortável e se possível com solado mais grosso (pro caso de chuva como eu peguei). Eu levei uma bota normal, sem salto, que usei pouco porque ela machuca um pouco o pé, e levei uma bota de frio, especial para a neve, que é impermeável (foi emprestada de uma amiga minha. Mas se você não tem – já que é algo bastante incomum para nós brasileiros-, pode alugar uma por lá antes de subir a montanha para ver a neve);
- Um tênis;
- Pelo menos período que passamos em Santiago, achei uma semelhança com Curitiba: você tem que se vestir no estilo “cebola”. Coloque várias camadas que dê para ir tirando ao longo do dia. De manhã, o clima estará frio e perto do meio dia começa a esquentar mais. Depois, mais para o final da tarde, volta a ficar frio. Por isso, se vista de forma que dê para ir se livrando das peças ao longo do dia e ir recolocando no final. Dentro disso, dá para considerar levar blusas de frio mais finas e até blusas de manga mais curta, que ficarão por baixo do casaco.
- Se estiver com planos de ir a algum lugar mais bacaninha, leve uma roupinha mais chique. Eu ia levar um vestido, para usar com meia-calça e casaco, e ir a um restaurante mais chiquezinho no dia do meu aniversário, mas acabei não levando por medo de passar frio e me arrependi. Acabei dando uma improvisada, mas achei que ficaria melhor com um vestido.
- Umas três calças, que podem variar de acordo com seu estilo.
- Se tiver calefação no seu hotel, como tinha no nosso, não precisa investir num pijama super quente. Em alguns dias chegamos a passar calor no quarto.
- Se for para a neve, leve luvas, gorro, óculos de sol (muito importante!) e protetor solar (não sei se foi um ataque de rosácea, mas achei que saí meio vermelhinha da neve – não sei se cheguei a me queimar, mesmo passando protetor). Minha amiga me emprestou um negócio que chama neck fleece e que ajuda bastante a proteger do frio. Segundo meu marido, parece uma polaina de pescoço. Se você estiver com frio na cara, pode puxar até o nariz (você fica parecendo um bandido, mas é ótimo para proteger do frio). Ah, no dia em que eu fui pra neve, acabei usando uma calça e uma meia-calça por baixo. Mas isso é porque estava com uma calça mais fina, tipo de academia. Mas também há a opção de alugar na loja uma calça impermeável antes de ir para a neve. Eu não aluguei e não tive problemas. Fiz “skibunda” na neve com um trenozinho e não me senti molhada depois. O meu marido estava de calça jeans e também não se sentiu molhado…o que mais molhou para o meu marido foi o fato de ele estar com um casaco que não tinha capuz (o que acabou molhando o cachecol que ele estava usando) e as luvas (tanto as minhas quanto as dele). Eu peguei várias roupas emprestadas de uma amiga minha (eeeeee…valeu, Adriiii!!) e fiquei super preparada para a neve graças a ela! Ah, uma dica sobre a neve: dê uma batidinha na neve assim que ela cai na sua roupa, pois desta forma você não fica molhado – se deixar que ela “derreta” na sua roupa, aí sim você ficará molhado.
Bom, gente, por enquanto é isso! Logo mais trarei dicas dos passeios, hotéis, restaurantes, etc.