O post de hoje é um pouquinho diferente! Vou falar sobre uma viagem que fiz recentemente, no fim de semana depois do último feriado de sete de setembro. Fui conhecer o Vale do Colchagua, no Chile!
O Vale do Colchagua fica cerca de 150km ao Sul de Santiago, na região de O’Higgins. É uma área agrícola, composta principalmente por vinhedos, inclusive de algumas marcas de renome internacional. As principais cidades da área são San Fernando, a capital da província de Colchagua; Lolol; a famosa praia de surfe Pichilemu; e Santa Cruz, a cidade onde fiquei hospedada.
A viagem
Partindo de Santiago, a viagem de carro durou cerca de duas horas e meia. Saímos de manhã cedo e chegamos por lá em torno das 10h da manhã, para poder aproveitar bem o dia. A rota é bem tranquila: as rodovias — ou carreteras, como se diz por lá — do Chile têm seu trajeto em linha reta, ou seja, não são cheias de curvas como as estradas do Brasil. Isso faz com que viajar de carro por lá seja bem mais rápido e agradável. A paisagem ao longo do caminho é linda! Dá pra ver os vinhedos logo na beira da estrada. Como estamos no fim do inverno, as plantações estavam secas, com alguns brotinhos começando a aparecer, mas mesmo assim deu pra aproveitar o visual. Em meados de abril até o começo de maio, antes da época de colheita, com as parreiras todas carregadas, a paisagem deve ser ainda mais linda!
Vinícola Ventisquero
Nossa primeira parada foi a vinícola Ventisquero, que fica mais especificamente no Vale do Apalta. O vale é composto por cerca de 800 hectares de vinhedos e outras produções, e é reconhecido como uma das melhores regiões para a produção de vinhos do mundo. Lá são cultivadas principalmente as uvas Cabernet Sauvignon, Carmenère, Merlot e Syrah.
A Ventisquero oferece um tour que inclui uma degustação de vinhos premium da marca em um mirante bem no meio dos vinhedos. Os vinhos são ótimos e a vista é incrível. Além disso, a guia que nos atendeu, a Daisy, foi muito simpática e atenciosa e nos conquistou! O tour custa 15.000 pesos chilenos (cerca de 75 reais) por pessoa e dura pelo menos uma hora. Também na vinícola, há um tour de hiking pelo vale, que não fizemos porque estávamos com crianças, mas que nos disseram que é bem tranquilo e sem nenhum perigo para os pequenos. Esse passeio dura cerca de duas horas e também é acompanhado de uma degustação de vinhos ao final. O preço é de 22.000 pesos (cerca de 110 reais) para adultos e 12.000 pesos (cerca de 60 reais) para crianças. Vale a pena comprar os vinhos lá mesmo! O preço é barato até para os parâmetros chilenos.
Hotel TerraViña
Ficamos hospedados no Hotel TerraViña, na cidade de Santa Cruz. É uma pousada bem bonita, cercada de vinhedos, como tudo na região. O quarto era grande e bem confortável, ideal para uma viagem com a família. Todas as suítes têm uma sacada, de onde se pode aproveitar a vista linda daquele mar de parreiras. O hotel não tem restaurante que sirva almoço ou jantar, mas oferece um café da manhã bem completo e gostoso. Tem também uma piscina aberta, que não usamos porque estava muito frio. O preço da diária vai de 81.000 (cerca de 405 reais) a 171.000 pesos (cerca de 850 reais), dependendo da suíte escolhida.
A cidade de Santa Cruz
Santa Cruz é uma cidade pequena, de pouco mais de 35 mil habitantes. Além das vinícolas, não há muito o que fazer por lá. Assim como todos os municípios do Chile, o centro da cidade fica em torno da Praça de Armas, onde fica a catedral, alguns prédios históricos e etc. Por ali, há alguns restaurantes, lanchonetes, sorveterias, farmácias e supermercados. Vale a pena dar uma caminhada para conhecer a cidade se ainda tiver pique depois da viagem e das degustações!
Vinícola Santa Cruz
No domingo, antes de voltar pra Santiago, passamos para conhecer a vinícola Santa Cruz, que fica na cidade de Lolol. Essa vinícola é mais famosa pelo passeio do que pelos vinhos, que tão têm fama de serem muito bons. Não fizemos o tour guiado, mas passeamos por dentro do casarão da vinícola e nos arredores. Queríamos fazer o passeio de teleférico sobre os vinhedos, mas achamos o preço muito salgado (custava 10.500 pesos, cerca de 52 reais, por pessoa, inclusive as crianças!).
Pichilemu
Ainda no caminho de volta, decidimos passar por Pichilemu, uma cidade litorânea conhecida por suas praias de surfe, principalmente a praia de Punta de Lobos. Tem mesmo um jeitinho de praia de surfista, e lembra um pouco algumas praias de Santa Catarina. O visual, contudo, nem se compara às praias daqui. Como era baixa temporada, a cidade estava bem tranquila, mas dizem que no verão o negócio ferve! Vale a pena para chegar pertinho do Pacífico e conhecer um pouco da cultura praiana do Chile, que é muito diferente da do Brasil.
Onde comer?
No sábado, almoçamos do restaurante Casa Colchagua, que fica do ladinho do hotel. O lugar possui um espaço externo bem no meio dos vinhedos, com uma vista incrível! Também há um parquinho ótimo para distrair as crianças. Como era de se esperar pela região, o restaurante tem uma carta de vinhos excelente. Fomos bem atendidos e a comida estava boa e muito bem servida.
Pedi um clássico chileno: lomo a lo pobre! É uma espécie de bife à cavalo com cebola caramelizada e MUITA batata frita.
Já no domingo, almoçamos em Pichilemu, na sanduicheria La Casa Verde. Fica pertinho da beira-mar. O lugar é pequeno e tem um estilo alternativo: os sucos são servidos naqueles potes de vidro de compota e o canudo era uma bomba de chimarrão! A comida demorou bastante para chegar, mas estava bem gostosa e os pratos eram muito bem servidos. Pedi um sanduíche de peixe frito à chilena, mas não consegui tirar fotos porque a fome era grande!
E aí, o que acharam do roteiro? Ficaram com vontade de conhecer? Contem pra gente aqui nos comentários!